Histórias
Maria Alice
Gelados Caravela é um nome familiar em Torres Vedras. Sessenta e cinco anos de história, aliados a um serviço de qualidade, talvez ajudem a explicar o respeito granjeado entre os torrienses. Fundada em 1957, no centro da…
José Manuel Lourenço
José Manuel Lourenço é um artesão que gosta de primar pela diferença. Na sua oficina em Caneira Nova, concelho de Mafra, José faz caixas. Dito assim, parece fácil, mas a verdade é que as suas caixas são tudo menos simples e banais. “Caixas com Amor e Arte” foi…
Vítor Gil Salgueiro
Vítor Gil Salgueiro nasceu, há 73 anos, em Casal Galego, uma povoação do concelho da Marinha Grande. Um de cinco irmãos, Vítor teve uma infância tranquila até aos 11 anos, altura em que o pai faleceu, vítima de um acidente de…
Maria Irene
Nascida e criada em Benavente, uma vila ribatejana de tradições bem enraizadas, Maria Irene é uma das últimas costureiras ribatejanas capazes de fazer as tradicionais meias de…
João Inácio
Figura ímpar da lezíria ribatejana, o campino é ainda hoje um símbolo desta região portuguesa. As primeiras referências a estes guardadores de gado nas margens do rio Tejo datam…
Elsa Claro
Em pleno coração da Serra da Lousã, encontra-se a aldeia de xisto mais alta do país, Aigra Velha. Situada a 770 metros de altitude e ladeada pela Serra da Estrela e pelos colossais Penedos de…
Jorge Costa
Jorge Costa nunca esteve muito tempo afastado de Pardieiros e das colheres de pau. Na sua oficina, totalmente reconstruída após um incêndio devastador em 2017…
Carlos Afonso
Um dia, quando já era um engraxador e ardina experiente, Afonso decidiu alargar o negócio. “Fui à Casa da Sorte, em Coimbra, e disse que gostaria de saber como funcionava a venda da lotaria…
Francisco Alberto
Francisco Alberto nasceu na Ericeira, há 80 anos, no seio de uma família com várias gerações de homens do mar. Desde cedo percebeu que estava destinado…
José Cardoso Queiroz
Nascido em Lisboa, em 1965, José Cardoso Queiroz é um dos seis filhos de uma família com fortes ligações à Ericeira. “Já os meus bisavós vinham para a Ericeira veranear e eu desde que nasci que venho para cá”…
Luís Valente
Escondida numa rua estreita do centro histórico de Lisboa, encontra-se a oficina de um dos poucos artesãos lisboetas dedicados ao ofício de encadernar, dourar e restaurar livros. Luís Valente tinha catorze anos quando começou a trabalhar nesta oficina, após ser expulso da escola por mau comportamento. Poucos anos antes, no dia 25 de abril de 1974, estava no Largo do Carmo com o pai a acompanhar de perto a Revolução dos Cravos. “Passou-se da época em que não se podia levantar a garimpa para a época em que uma pessoa fazia…
João e Douvina Fernandes
João e Douvina Fernandes são um casal, natural de São Mamede, concelho do Bombarral, que mantém vivos dois ofícios em vias de extinção. João é encadernador, Douvina é modista e ambos gostam muito do que fazem. Tanto assim é que, após trabalharem muitos anos por conta de outrem nas respetivas áreas de trabalho, decidiram estabelecer-se por conta própria e adaptaram duas divisões da casa para servirem de oficina de encadernação e atelier de costura, respetivamente…
Manuel Ribeiro
Nascido em Baião, Manuel Ribeiro cresceu numa quinta no concelho de Amarante, onde o seu pai trabalhava como caseiro. A subsistência da família dependia dos rendimentos das colheitas de milho e feijão, os quais eram divididos “a meias” entre o caseiro e o proprietário da quinta. “Nos anos mais fracos, era trabalhar para aquecer”, diz Manuel, reconhecendo que chegou a passar fome, apesar dos esforços dos pais para alimentar os oito filhos. Tinha 15 anos quando o seu irmão mais velho, Joaquim, regressou da Guerra Colonial em Angola e, em vez de se estabelecer na região onde cresceram, mudou-se para Lisboa em busca de melhores condições de vida. Manuel decidiu seguir os passos do irmão e, após pedir dinheiro para o bilhete a uma pessoa amiga, embarcou sozinho no comboio rumo a Lisboa…
Manuel Batista Pires
Foi na Serra da Lua, em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, que encontrámos Manuel Batista Pires e a sua esposa Florinda. O casal, residente na aldeia de Arrimal, no concelho de Porto de Mós, tinha acabado de chegar e preparava-se para começar a alimentar as muitas cabeças de gado que possui. Chegámos a tempo de ver o pastor Manuel distribuir um fardo de palha pelas terras onde pastam cerca de uma dezena de vacas de raça charolesa e limousine. Fomos recebidos com alguma desconfiança por parte do Galante, o boi da manada, da Lindinha e das restantes vacas. A presença e a voz do pastor, assim como a palha, acabaram por acalmar e distrair os animais, permitindo que circulássemos tranquilamente pela propriedade…
Orlando Trindade
Orlando Trindade poderia apresentar-se simplesmente como “luthier” ou violeiro, mas prefere designar o ofício que exerce como “construtor e restaurador de instrumentos de cordas”. Apesar de gostar que lhe chamem violeiro, pois é o nome da profissão em português, este termo caiu em desuso em favor do termo “luthier” nas últimas décadas. A palavra “luthier” é francesa e deriva de “luth”, que significa alaúde, um antigo instrumento de cordas. Tal como o nome indica, começou por designar a profissão de construtor de instrumentos de cordas da família dos alaúdes…
Fortunato Loulé
Fortunato Loulé tinha 14 anos quando construiu, juntamente com uma irmã, um pombal junto à casa onde vivia com a família, em Póvoa de Santa Iria. Já lá vão mais de 50 anos e a paixão pela columbofilia continua intacta. Fortunato, ou Nato, como prefere ser tratado, é um columbófilo a tempo inteiro. Tendo trabalhado alguns anos na Phillips Portugal, Nato foi forçado a reformar-se por invalidez em 1984, na sequência de um acidente de viação que lhe deixou mazelas até hoje. Se antes de se reformar os pombos já ocupavam uma parte significativa do seu tempo livre, após a reforma passaram a ser a sua ocupação principal…
Angelina Martins
No anexo de uma casa em Arrimal, concelho de Porto de Mós, resiste um tear tradicional e uma tecedeira que mantém viva a arte da tecelagem. Sentada em frente ao enorme tear de madeira com “mais de 200 anos”…
Manuel Crispim
Em Casal de Barbas, a poucos quilómetros de Torres Vedras, fica a oficina de um dos últimos tanoeiros da região Oeste, Manuel Crispim. Com apenas 7 anos, começou a aprender a arte da tanoaria com o seu pai, fazendo pequenas selhas para ajudar no negócio da família. Poucos anos depois já acompanhava o pai para trabalhar nas adegas de várias quintas da região. A tanoaria está presente na família há várias gerações e, em tempos, chegaram a ser mais de uma dúzia de familiares a trabalhar como tanoeiros. Após concluir o serviço militar, Manuel Crispim ainda chegou a estar empregado numa tanoaria em Torres Vedras antes de adquirir um terreno perto da sua casa e instalar a oficina onde trabalha por conta própria há 40 anos…
Narciso Cordeiro
Filho e neto de ferreiros, Narciso Cordeiro herdou o gosto pela arte de forjar o ferro. Natural de Mendiga, uma aldeia integrada no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, Narciso tinha 12 anos quando se iniciou no ofício de ferreiro, ajudando o pai na oficina da família. Os sete anos seguintes foram passados a trabalhar o ferro até que, aos 19 anos, decidiu ir trabalhar com um dos quatro irmãos em caixilharia de alumínio. Quando o pai faleceu, Narciso foi incentivado por pessoas que sabiam da sua experiência como ferreiro a continuar o legado da família. Assim, quase 20 anos após se ter afastado da forja, Narciso Cordeiro voltou a abraçar esta arte milenar. Nunca deixando de trabalhar a tempo inteiro com o irmão, passou a dedicar um sábado por mês ao trabalho de ferreiro. Face à crescente…
Filipa Militão
No centro da Praça da Fruta, rodeada por bancas de frutas e legumes, encontra-se a banca de flores de Filipa Militão, vendedora há mais de 30 anos na praça mais famosa de Caldas da Rainha.Apesar de não darem nome à praça e de estarem em minoria, as flores dão um toque muito especial a este mercado tradicional com as suas cores e aromas. Quem passa pela banca de Filipa Militão não fica indiferente à beleza…