Sr. Joaquim
Entre trabalhar no campo, pescar no mar e apanhar marisco na lagoa de Óbidos, o Sr. Joaquim fez um pouco de tudo ao longo dos seus 91 anos de vida.
Mas são as memórias de infância que permanecem mais vivas na sua memória, como os dias de inverno em que davam à costa “ainda vivinhos” badejos ou peixe-espada “aos montes” ou as moedas de ouro do navio inglês Roumania, naufragado em 1892 próximo dos Covões, que ficavam à vista quando o mar levava a areia. Porém, há uma memória de infância que se destaca entre todas as outras, a visão de um zepelim a passar entre as Berlengas e os Farilhões quando tinha 6 ou 7 anos.
“Tenho mais memórias dos tempos de garoto do que de adulto. Em adulto a gente não liga. Em garoto, ficam para sempre. São coisas que não sei explicar.”
